Previsão do tempo

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sem segredos - Patric Marcelo

Necessidades básicas
Quando o assunto é tecnologia, pensamos em computadores, celulares, televisores de alta definição, aparelhos de som, etc. Contudo se não temos energia...
Bem, eu não podia deixar de passar pelo assunto, pois recentemente tivemos uma "reprise" do apagão de 1999. Felizmente na nossa cidade foi apenas por alguns segundos, mas no geral, em vários municípios e Estados brasileiros a escuridão durou horas, e quando paramos para refletir, podemos observar o quanto necessitamos de nossos avançadíssimos equipamentos e o quanto são vulneráveis se houver, como houve, uma falha no sistema de distribuição elétrica.
Aliás, como pudemos acompanhar, culpou-se mais uma vez os fenômenos naturais pelo ocorrido, e como não temos como interrogar São Pedro, fica mais fácil dizer que a chuva, o raio, o vento, o que quer que seja que foi o culpado pela falha, e nunca nossos sistemas.
Acredito que ninguém virá à mídia e dirá algo como: "Tivemos um problema em nossas redes e infelizmente nosso plano de contingência não previa tamanha catástrofe". Ou algo como: "Erramos e estamos trabalhando para corrigir nossos erros".
Na cidade de São Paulo, por exemplo, metrôs pararam de funcionar, pessoas ficaram presas em elevadores e semáforos inoperantes, foram exemplos de quão vulnerável o homem moderno é, e quão dependente de equipamentos eletro/eletrônicos nos tornamos.
O caos se espalhou na metrópole e pessoas entravam em pânico, enquanto a maioria de nós tatuianos, felizmente, estava dormindo tranquilamente.
O fato é que, em termos tecnológicos, o fim do mundo pode-se resumir a falta de energia elétrica que é responsável por todas as maravilhas do mundo que conhecemos, pois carros conceitos que são apresentados em salões de automóveis são elétricos, não poluem e utilizam motores movidos à, como o próprio nome sugere, eletricidade.
Eu tenho acompanhado também a evolução das casas inteligentes que são completamente automatizadas, mas que em caso de apagão... A não ser que tenhamos na garagem um enorme motor de caminhão movido a diesel para por em funcionamento nosso gerador pessoal.
O mundo do entretenimento tem constantemente produzido filmes cataclísmicos que de modo geral acabam remetendo o homem à idade da pedra, pois como sugerem os roteiros, o mundo que conhecemos deixa de existir e a tecnologia desaparece por completo.
Nós, que somos tipicamente do interior "pé vermeio", desfrutamos da tecnologia, mas ainda temos contato com o fogão de lenha, com a lamparina, com cavalos e carroças, com o samba de roda com o cururu etc., mas talvez nossos filhos e netos sejam completamente alheios a isso e completamente dependentes da modernidade.
Aliás, é fato que a juventude está cada vez mais ligada à tecnologia. É comum observar em escolas, estudantes que mal aprenderam a ler e já têm seus aparelhos celulares, seus notebooks, seus Ipods, etc. Minha filha tem apenas cinco anos e adora colorir e desenhar no computador, e eu demorei anos para poder ver uma tela gráfica atrativa, visto que os primeiros sistemas eram em modo texto e de difícil compreensão.
Em edição anterior falamos do caos que seria se tivéssemos falhas em nossos sistemas, e mais uma vez pudemos "sentir na pele", quão pequenos somos nesse mundo, e que por mais que nos esforcemos jamais poderemos controlar, como dizem nossos políticos, os "fenômenos naturais", haja vista os terríveis episódios que ainda estão frescos em nossas mentes, tais como o tsunami, as chuvas em Santa Catarina, o blackout, etc.
Então leitor, o jeito é preparar-se para o que der e vier, fazer um curso intensivo de sobrevivência e aprender a fazer fogo com graveto, afinal somos filhos da terra e dela podemos tirar nosso sustento...Será ?!
Até a próxima.

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