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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

João Bosco & Vinicius falam sobre seus 20 anos de carreira


Considerada a precursora do sertanejo universitário, a dupla João Bosco & Vinicius se conhece desde criança. Com 20 anos de estrada, eles conquistaram muitos fãs e prêmios, como o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja, em 2011. Neste ano, a dupla concorre na mesma categoria pelo disco A Festa, lançado em 2012, pela gravadora Universal Music. Essa é a quarta indicação ao Grammy Latino. 
Em entrevista exclusiva ao jornal É Notícia, João Bosco & Vinícius falam sobre a carreira.
Como e quando começou a dupla João Bosco & Vinícius?
Nos conhecemos em 1991, com dez anos de idade cada, na cidade de Coxim, onde morávamos. Em 1994, participamos do Festival da Canção, não como dupla, mas sim como adversários, concorrendo ao prêmio com outros jovens. O festival terminou com nós dois empatados em segundo lugar. Depois disso, parentes e amigos incentivaram a formação da dupla, mas demoramos para aceitar. Muito tempo depois que decidimos parar de cantar sozinhos e formamos a dupla para deixar pra trás pequenas participações em festivais para nos apresentarmos em bares e eventos do Mato Grosso do Sul.
Em 1999, fomos do interior pra capital, Campo Grande, quando começamos a cursar faculdade e tocávamos nas festas de lá também. 
Vocês são considerados os precursores do sertanejo universitário. Como surgiu a ideia de inovar na música sertaneja? 
A grande virada da música atual foi deixar de ser vista apenas como uma música estritamente rural e se tornar urbana, quebramos o preconceito e a visão das pessoas de que gostar de música sertaneja é coisa de caipira. Na música sertaneja sempre coube outros estilos musicais e acreditamos que por esse motivo ela tenha se tornado a música mais popular do Brasil atualmente. 
Quais suas influências musicais e seus ídolos?
Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó... 
Qual o momento mais marcante e o mais difícil da carreira de vocês?
João Bosco: O mais marcante pra mim foi tocar em Barretos pela primeira vez. Minha mãe sempre me disse que um dia nós cantaríamos lá e isso aconteceu a primeira vez exatamente no dia do aniversário dela. Foi muito emocionante.
Vinícius: O momento mais difícil é sempre o começo, a fase de tocar em barzinhos, em correr atrás e mostrar nosso trabalho. Mas ao mesmo tempo é uma época de muito aprendizado, que sempre marca o artista. 
O que mudou depois do sucesso? 
Acho que mesmo só a falta de tempo, de agenda cheia, porque a essência, a dedicação e a crença no trabalho é a mesma. Continuamos priorizando nosso estilo, sem copiar ninguém, trabalhamos muito, corremos atrás do que queremos e gostamos demais do que fazemos. Isso é o que importa mesmo. 
Das músicas de vocês, qual é a preferida de cada um?
Acho que para ambos Chora, Me Liga é a mais emblemática. 
Vocês já fizeram shows no exterior. Como é a recepção do público com a música sertaneja? 
É bom demais ouvir o público de fora cantando nossa música. É muito gratificante e a recepção sempre foi a melhor possível.
O assédio das fãs é grande? Vocês já passaram por alguma situação curiosa? 
O assédio é grande, mas a gente sabe bem lidar com isso. Somos comprometidos e elas sabem disso, não abusam, são respeitosas.... 
O quanto a pirataria afeta o trabalho de vocês?
Muito, né! Acho que afeta qualquer artista. 
Quais são os próximos projetos da dupla?

Estamos terminando dois projetos: um CD só com músicas inéditas e um disco com modas sertanejas, com grandes nomes da música sertaneja como convidados. Ambos são para o ano que vem, só não sabemos se serão lançados juntos ou separados. Ainda estamos trabalhando nisso.

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