Considerada a precursora
do sertanejo universitário, a dupla João Bosco & Vinicius se conhece desde
criança. Com 20 anos de estrada, eles conquistaram muitos fãs e prêmios, como o
Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja, em 2011. Neste
ano, a dupla concorre na mesma categoria pelo disco A Festa, lançado em 2012, pela
gravadora Universal Music. Essa é a quarta indicação ao
Grammy Latino.
Em entrevista exclusiva ao
jornal É Notícia, João Bosco &
Vinícius falam sobre a carreira.
Como e quando
começou a dupla João Bosco & Vinícius?
Nos conhecemos em
1991, com dez anos de idade cada, na cidade de Coxim, onde morávamos. Em 1994,
participamos do Festival da Canção, não como dupla, mas sim como adversários,
concorrendo ao prêmio com outros jovens. O festival terminou com nós dois
empatados em segundo lugar. Depois disso, parentes e amigos incentivaram a
formação da dupla, mas demoramos para aceitar. Muito tempo depois que decidimos
parar de cantar sozinhos e formamos a dupla para deixar pra trás pequenas
participações em festivais para nos apresentarmos em bares e eventos do Mato
Grosso do Sul.
Em 1999, fomos do
interior pra capital, Campo Grande, quando começamos a cursar faculdade e
tocávamos nas festas de lá também.
Vocês são
considerados os precursores do sertanejo universitário. Como surgiu a ideia de
inovar na música sertaneja?
A grande virada
da música atual foi deixar de ser vista apenas como uma música estritamente
rural e se tornar urbana, quebramos o preconceito e a visão das pessoas de que
gostar de música sertaneja é coisa de caipira. Na música sertaneja sempre coube outros
estilos musicais e acreditamos que por esse motivo ela tenha se tornado a
música mais popular do Brasil atualmente.
Quais suas
influências musicais e seus ídolos?
Zezé di Camargo e
Luciano, Chitãozinho e Xororó...
Qual o momento
mais marcante e o mais difícil da carreira de vocês?
João Bosco: O
mais marcante pra mim foi tocar em Barretos pela primeira vez. Minha mãe sempre
me disse que um dia nós cantaríamos lá e isso aconteceu a primeira vez
exatamente no dia do aniversário dela. Foi muito emocionante.
Vinícius: O
momento mais difícil é sempre o começo, a fase de tocar em barzinhos, em correr
atrás e mostrar nosso trabalho. Mas ao mesmo tempo é uma época de muito
aprendizado, que sempre marca o artista.
O
que mudou depois do sucesso?
Acho
que mesmo só a falta de tempo, de agenda cheia, porque a essência, a dedicação
e a crença no trabalho é a mesma. Continuamos priorizando nosso estilo, sem
copiar ninguém, trabalhamos muito, corremos atrás do que queremos e gostamos
demais do que fazemos. Isso é o que importa mesmo.
Das músicas de
vocês, qual é a preferida de cada um?
Acho que para
ambos Chora, Me Liga é a mais emblemática.
Vocês
já fizeram shows no exterior. Como é a recepção do público com a música
sertaneja?
É bom demais
ouvir o público de fora cantando nossa música. É muito gratificante e a
recepção sempre foi a melhor possível.
O
assédio das fãs é grande? Vocês já passaram por alguma situação curiosa?
O assédio é
grande, mas a gente sabe bem lidar com isso. Somos comprometidos e elas sabem
disso, não abusam, são respeitosas....
O quanto a
pirataria afeta o trabalho de vocês?
Muito, né! Acho
que afeta qualquer artista.
Quais são os
próximos projetos da dupla?
Estamos
terminando dois projetos: um CD só com músicas inéditas e um disco com modas
sertanejas, com grandes nomes da música sertaneja como convidados. Ambos são
para o ano que vem, só não sabemos se serão lançados juntos ou separados. Ainda
estamos trabalhando nisso.
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