Evoluindo com cuidado

Por Patric Marcelo

Recentemente o serviço de microblog, o "twitter" saiu do ar conforme informou o site da folha no último dia 21, impedindo que os usuários do serviço acessassem a rede de microblogs. Ao tentar acessar o serviço, o navegador indicava a indisponibilidade de acesso e pedia para que o usuário tentasse recarregar a página. Além da versão web, a indisponibilidade atingiu também o serviço de microblogs em dispositivos móveis e aplicativos de terceiros, como TweetDeck, por exemplo.

Em sua página de status, a companhia confirmava o problema. "Os usuários podem estar tendo problemas para acessar o Twitter. Nossos engenheiros estão trabalhando para resolver a falha", dizia a companhia.

Tal indisponibilidade me fez pensar a respeito do momento evolutivo que temos vivido, pois a invasão dos tablets no mercado acelera sobremaneira a utilização de nuvens na web.

Para quem não está familiarizado com o assunto cabe um parênteses para esclarecermos ao leitor sobre este “novo” serviço. A computação em nuvem é um termo recente utilizado pela massa, mas seu conceito é extremamente simples:

O conceito de computação em nuvem (em inglês cloud computing) refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet.

O armazenamento de dados é feito em serviços que poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora, não havendo necessidade de instalação de programas x ou de armazenar dados. O acesso a programas, serviços e arquivos é remoto, através da Internet - daí a alusão à nuvem. O uso desse modelo (ambiente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.

Num sistema operacional disponível na Internet, a partir de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se ter acesso a informações, arquivos e programas num sistema único, independente de plataforma. O requisito mínimo é um computador compatível com os recursos disponíveis na Internet. O computador o notebook e/ou tablet torna-se apenas um chip ligado à Internet — a "grande nuvem" de computadores — sendo necessários somente os dispositivos de entrada (teclado e mouse) e saída (monitor).

Usualmente, empresas e usuários domésticos armazenam seus dados (documentos, fotos, vídeos, etc) em seus próprios computadores e, com o passar do tempo o micro vira uma "carroça velha" de tanta tralha que vamos acumulando dentro dele. Aí é necessário formatarmos nossos equipamentos e muitas vezes perdemos arquivos importantes.

Já nas grandes empresas o volume de back-ups (cópias de segurança para evitar que dados sejam perdidos) vão se amontoando causando transtorno. Pois bem, a computação em nuvem promete acabar com todos esse problemas pois a responsabilidade de armazenamento cabe a terceiros.

Aí que me fez pensar... e se o serviço acabar, e se de uma hora para outra o meu servidor de armazenamento da web falir e se eu perder meus arquivos, e se... e se..., o que para muitos representam a vida inteira, seja de diversão ou pesquisas importantíssimas que não podem se perder ao vento.

Como você pode observar leitor, o assunto é bastante complicado e as dúvidas vão se acumulando. Imagine a situação, você precisa de um documento importantíssimo que está armazenado na nuvem e a Internet, no país ou na sua cidade está fora do ar... e aí??? Como contornar esse problema??!!

Por estas e outras razões titulei o artigo "evoluindo com cuidado" pois ainda estamos no meio do processo evolutivo e comumente falhas ocorrem e corremos o risco de ficar a ver navios...

Então leitor, se você recentemente adquiriu um tablet e armazena seus arquivos na nuvem, sugiro ter seus arquivos cruciais próximos a você e inclusive com cópia de segurança ao seu alcance... É bem verdade que não somos empresas para deter cópias de segurança... mas no meu caso, por exemplo, tenho meus CD's gravados como salva de tudo aquilo que é importante para mim... Pois lembre-se, para uma máquina quebrar, basta que ela esteja funcionando...

Pense nisso e até a próxima.

Foto: divulgação