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terça-feira, 3 de julho de 2012

Dieta pode ajudar doente renal crônico a viver mais tempo sem hemodiálise


Estudo realizado no Hospital Federal da Lagoa (HFL), vinculado ao Ministério da Saúde, mostrou que pacientes com doenças renais que se submetem a uma dieta com menos proteínas podem viver mais tempo sem hemodiálise. A pesquisa foi coordenada pelo nutricionista do HFL, Felipe Rizzetto, e envolveu 321 pacientes. Agora, o trabalho foi selecionado para o XVI Congresso Internacional de Nutrição e Metabolismo em Doenças Renais, que acontece entre os dias 26 e 30 de junho no Havaí.
Para o estudo, a equipe identificou 321 pacientes tratados no HFL há mais de três anos e que se consultavam no mínimo quatro vezes por ano. Todos os pacientes pesquisados tinham doença renal crônica, mas ainda não se submetiam a uma terapia de diálise ou hemodiálise.
A pesquisa separou os pacientes em dois grupos. Um deles seguiu a dieta prescrita pelo ambulatório. O outro grupo não seguiu o plano alimentar. “Em síntese, a conclusão é que a função renal piorou em quem não seguiu a dieta e se manteve em quem foi fiel ao plano. E a alimentação aumentou o tempo de vida útil do paciente sem recorrer à hemodiálise”, explicou Rizzetto.
Dieta
O principal diferencial da dieta aplicada aos doentes renais está na dosagem das proteínas. Rizzetto explicou que o rim tem várias funções no corpo. Uma delas é depurar os produtos que vêm das proteínas. “Quando você sobrecarrega o rim, diminui a vida útil dele. A ideia do tratamento é justamente tentar sobrecarregar o mínimo possível ele. Por isso, há a dosagem da proteína”, esclareceu o nutricionista.
Para iniciar o tratamento, o nutricionista vê o histórico alimentar do paciente observando, principalmente a dosagem de proteína ingerida. É observado também a quantidade de leite, ovos, carne, frango e grãos. “Se a pessoa está comendo mais proteína do que o corpo precisa, certamente está sacrificando sua função renal”, alertou.
“O importante é que conseguimos manter o estado nutricional dos pacientes. Uma das críticas que se tem é que os pacientes que seguem uma dieta assim podem chegar à desnutrição, mas como nós conseguimos balancear, isso não ocorreu”, detalhou.
(Por Maria Carolina Lopes/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde)
Foto: Science Photo Library/Corbis

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