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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sua arma, seu voto - Carlota Franco

O aumento do número de mulheres no alto escalão político mostra que a ascensão profissional feminina não é mais fenômeno isolado. Um exemplo dessa escalada irreversível, que jamais poderíamos imaginar em décadas passadas, são os altos postos de executiva que ocupam, o que comemora o ingresso expressivo da mulher no “clube do bolinha”nesses últimos anos. A nova mulher brasileira desempenha um papel fundamental e está cada vez mais presente nos movimentos sociais. Na nossa cultura as mulheres são desestimuladas, sempre se ouve que quem investe na profissão, não se casa. Porém existe uma grande diferença, as mulheres diferem dos homens porque pensam pequeno e não confiam na sua força. Já os homens mais racionais e práticos, planejam sua ascensão profissional e se empenham para conquistar seu espaço ousando muito mais fazendo lobby.
Rumo ao topo, temos na política atual duas mulheres, almejando o mais alto posto na política brasileira que é de Presidente da República. Estão corajosamente lutando por cargos que até agora eram ocupados exclusivamente por homens. São dignas e fortes, portanto os eleitores nutrem por elas um grande sentimento de admiração e respeito. A mulher tem sempre um olhar diferenciado (mais intuitivo) para os temas que afligem a sociedade brasileira. As transformações foram tantas nas últimas décadas principalmente a que procurou separar a sexualidade, o casamento e o amor. A ciência ganha essa árdua luta de séculos sobre a ideia do pecado sexual. A realização profissional, principalmente para jovens, é colocada acima de tudo. Então a Mulher, na política hoje é muito bem aceita principalmente devido às condições econômicas, o crescimento urbano, o individualismo que compõem essas transformações.
As coisas mudaram, mas ainda são microconquistas, porque existem ainda muitas “Amélias” obedientes àqueles padrões tipo “Anos Dourados”, resignadas, justificando o comportamento poligâmico dos homens, nada de enfrentamentos, que produz sofrimento por causa da repressão desmedida. Por incrível que pareça, ainda existem nesse século 21 mulheres que vivem em eterna submissão!
O grande número de mulheres no mercado de trabalho teve um aumento expressivo. Com consequências definitivas: o homem perdeu o status de “mandatário maior”, o provedor, e a mulher “saiu do armário” e perdeu a resignação e conquistou seu espaço. Ela hoje fala, faz e age! Aprimorou-se culturalmente, ampliando suas perspectivas num mercado de trabalho competitivo, esbarrando em grandes preconceitos onde a vantagem é sempre do homem, segue em frente construindo maiores possibilidades para o futuro.
A mulher na política colocou em xeque a velha ideia (mulher é na cozinha pilotando fogão), a ascensão profissional também é hoje exigência do mercado. A força feminina com certeza estará mais fortificada com o exemplo das nossas candidatas ao maior cargo de mandatária de um grande país. A sociedade tem dado apoio e a participação afetiva, nessa nova trajetória que a mulher escolheu, em altos postos corporativos, com certeza, é uma marca inédita!
Ainda estamos esperando dos presidenciáveis, como cidadãos brasileiros, uma discussão mais sincera e precisa sobre assuntos pertinentes e considerados tabu e que até agora são evitados como aborto, depois os também de extrema importância como segurança, distribuição de renda , reforma agrária, educação e saúde.Os eleitores querem saber, o que deve ser modificado e o que deve ser levado adiante. “Vamos pôr as cartas na mesa”?

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