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domingo, 5 de setembro de 2010

Sua arma, seu voto - Carlota Franco

Muita coisa tem faltado às elites que têm governado o Brasil, desde sempre, mas sobretudo tem faltado sensibilidade, senso de humanidade e respeito para com a sociedade. Todos os brasileiros filhos desse “gigante pela própria natureza” principalmente nós paulistas, estamos ansiosos por mudanças e transformações neste país, onde tudo soa muito falso e recuperar o que parece irrecuperável precisa de muita, mas muita coragem.
O mundo da comunicação, com o desenvolvimento tecnológico se aprimora nas manchetes, para que ganhem um chamativo mais interessante, um novo impacto, visto que no mundo que vivemos não é preciso mais dramatizá-lo, ele em si já é um drama. Não há má notícia que não tenha a sua disposição uma porção de pós- doutorados no assunto nos telejornais da hora cheia!Guerra do tráfico, grandes enchentes, invasão do MST, nova gripe mais violenta que a “suína”, poluição, menores nas ruas fumando crack, taxas de juros, desastre de avião, a guerra nas favelas, atentados, sequestro, aquecimento global e o escambau, porque sabemos bem que a paixão pelo romance e as tragédias é tão velho como o coração humano.
Muitos vêm dizendo as mesmas coisas faz tempo e as frases de Shakespeare, sempre estão se encaixando no nosso cotidiano político, nas situações mais banais. Com certeza para a candidata Dilma a frase seria “Ser ou não ser, eis a questão”. Ela está completamente confiante em “ser”! E porque não ser? Para José Serra caberia a tão conhecida frase do nosso sempre William: “Meu reino por um cavalo”, mas pensando bem acho que atualmente ele daria o “reino” e tudo mais, a um bom afago do Ibope. Faltam a candidata Marina que convictamente diria: “Palavras, palavras, palavras, e o polêmico Plínio de Arruda Sampaio, aquela famosa, mas menos conhecida frase do infeliz Macbeth: “ A vida nada mais é do que uma história contada por um idiota, cheia de fúria e tumulto, nada significando”.
Deixando de lado as interpretações das frases shakespeareanas, seus personagens cheios de maldades, de intrigas inomináveis, parecem perder sua força dramática diante do que acontece abaixo da linha do Equador!
O retrato continua ali no mesmo lugar.
Desde o governo de Itamar Franco, FHC com seus oito anos de mandato, Lula também finalizando os mesmos oito anos de governo, a violência continua presente no país ainda mais descarada no sentido de abusada, sem limites, sem vergonha, na hora de invadir, atirar e matar, por qualquer motivo ou sem nenhum, deixando o povo acuado sem liberdade (desconfiando da própria sombra), descrente com a falta de competência dos poderes constituídos, que cruzam os braços, deixando os brasileiros a mercê de sua própria sorte.
O retrato continua no mesmo lugar.
Segundo um relatório do Governo Federal, Unicef e Observatório de Favelas, serão assassinados 33 mil garotos e garotas “sem cara” até 2012. Essa com certeza é uma história dos descarados da tragédia nacional!
E o retrato continua no mesmo lugar!

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