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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sua arma!Seu voto! Carlota Franco

Escondendo-se atrás das maquinações dos publicitários, ficam o povo e os eleitores cansados de ouvir tantas mentiras nessa campanha política eleitoral. A democracia tão usada frequentemente nos discursos dos candidatos é mal usada na prática, nos faz questionar a maneira contraditória que a ministra Dilma (que até agora não sabemos qual é sua definição sobre democracia) fala sobre ela, desprovida de nitidez. Impositivo que transmite aos eleitores como uma obrigação de campanha e que são em si, uma verdadeira negação à democracia.
As mentiras inseridas nos discursos políticos dos candidatos incluem justificativas porque toleraram e não agiram diante da corrupção dos seus correligionários e partidários. Esse pequeno desconforto, os obriga a defender a posição deste ou daquele acusado, com novas mentiras sem se expor, invocando motivos viáveis para certas atitudes.
Talvez a maior das mentiras é quando Lula afirma (com aquele seu charme proletário)que pegou o país destruído. Até parece que ele não teve antecessores, ou será que ele chegou ao Brasil com as caravelas de Cabral? Será? Os discursos dos candidatos são semelhantes, com promessas irrealizáveis, circos virtuais onde eles com suas mágicas fascinantes conquistam todas as plateias. Daria até um roteiro, tão fictício e com tantos efeitos cinematográficos, com um elenco de mocinhos e bandidos (audazes e criativos) que até Silvio de Abreu iria ficar preocupado!
Nossa maior preocupação é que o povo brasileiro não saiba filtrar e acabe acreditando em todo o “besteirol” que ouve, mesmo vivendo com dificuldade, sabendo que seu “salarinho” não dura a metade do mês, mas acredita naquele “Zé Mané” que mente muito para se eleger.
Nessas eleições estamos nos deparando com tantas esquisitices no decorrer da campanha, uma verdadeira obsessão que o governo federal tem de vigiar o candidato tucano à Presidência da República, José Serra. Até para isso, apresentando notas oficiais contendo dados não verdadeiros e omitem dados negativos do governo Lula (como da Caixa Econômica Federal, sobre casas populares). As “bicadas do tucano” são uma mola propulsora para Dilma investir e sustentar sua tese “politicamente correta”.
Sobre campanhas eleitorais o jornalista americano, mas que mora há muitos anos no Brasil, Michael Keep, escreveu e fez comparações super interessantes sobre as diferenças entre as nossas campanhas eleitorais no Brasil e as dos Estados Unidos, dizendo “que lá equivalem a uma maratona e aqui se parecem com corridas de 100 metros rasos”. Nesse artigo didático ele explica que os americanos são submetidos a testes rigorosos e prolongados de resistência perante o público, antes disso, vencem a prova dentro dos respectivos partidos em eleições primárias que duram meses e passam por todos os Estados da Federação. A campanha americana dura pelo menos dois anos e existe uma tremenda luta para arrecadar dinheiro para custear a publicidade e não existem os horários gratuitos na televisão.
Nossas regras mal comparando são muito leves, sem rigor, o candidato pouco se expondo, falando o mínimo com o povo, exige direito a privacidade (nos Estados Unidos a privacidade vasculhada é uma obrigação, a família vive sob o holofot, a cobrança é dura feita pelos jornalistas). Portanto, nossas campanhas sem muito antagonismo, nos parecem falsas, cheias de “salamaleques”, deixando o eleitor ainda mais indeciso, sem motivação para votar, um verdadeiro “Peter Pan” do século vinte e um, eleitor que não cresceu.

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