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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fisioterapia pode evitar incontinência urinária em pacientes que retiraram próstata

Um tratamento de fisioterapia pode curar problemas de incontinência urinária até mesmo em pacientes que se submeteram à cirurgia de remoção completa da próstata. Recente estudo do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, aponta que 96% dos pacientes que fizeram fisioterapia como tratamento pós-cirúrgico adquiriram, após 12 meses, a continência e aceleraram sua recuperação. Já aqueles que não aderiram ao tratamento, apenas 75% voltou a ter controle da urina.
De acordo com Cristiano Mendes Gomes, urologista do Hospital das Clínicas e um dos responsáveis pelo estudo, os exercícios de contração da musculatura do assoalho pélvico podem ajudar a reduzir ou até curar a perda involuntária da urina. O tratamento fisioterápico, segundo ele, tem grande importância na reabilitação do assoalho pélvico, com a finalidade de melhorar a eficácia do esfíncter uretral, que fica enfraquecido após a cirurgia.
“A maioria dos pacientes desenvolve incontinência urinária após a retirada da próstata”, disse, lembrando que a operação, chamada de prostatectomia radical, é feita em vítimas de câncer de próstata localizado.
Conforme o especialista, no estudo realizado, 73 pacientes que se submeteram à cirurgia foram divididos em dois grupos. O primeiro passou por um tratamento fisioterápico para o fortalecimento do assoalho pélvico e o outro recebeu acompanhamento pós-cirúrgico normal. “Após 12 meses de pós-operatório, 96% dos pacientes do grupo de fisioterapia estavam continentes contra 75% do grupo controle”, observou Dr. Cristiano.
Após a remoção do cateter em 15 dias de pós-operatório, os pacientes do primeiro grupo receberam a terapêutica com biofeedback - aparelho que possui um sensor eletrônico, que registra as contrações do esfíncter e assoalho pélvico, permitindo que os pacientes treinem as contrações destes músculos. “O biofeedback não só acelera a recuperação da continência urinária após a cirurgia, como permite melhorias na gravidade da perda da urina e da força muscular do assoalho pélvico 12 meses após a operação”, esclareceu o urologista.
Para finalizar, o médico disse que, além da fisioterapia para o tratamento da perda urinária ajudar a reeducar a bexiga e auxiliar no pós-operatório, ela melhora a qualidade de vida e a autoestima dos homens.
(Com informações da Secretaria Estadual da Saúde)

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