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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sua arma, seu voto - Carlota Franco

Existe uma afirmação do nosso grande poeta Carlos Drummond de Andrade que “toda história é remorso”. Todos nós sabemos que a memória dos brasileiros é curta, pequena e fraquinha e que retém muito mal as histórias de ontem ou de anteontem. Um país dominado pelos sem passado, sem história, sem aquela consciência histórica necessária que fortalece qualquer nação. Um apagão mental sujeito a surtos psicóticos!
Nossa brava gente “tupiniquim” com fama mundial de alegre, acolhedora, festiva, que adora comemorações e que vive, vibra e chora de emoção ao ter a notícia que o Brasil sediará as próximas Olimpíadas de 2016. O povo “botou pra quebrar” legal! Momentos de euforia, foi um minicarnaval fora de época.
Assim, ninguém percebeu como a notícia da morte do ex- prefeito Celso Pitta passou batida pelos meios de comunicação. Afinal, alguém se lembra dele? Sabe quem foi esse “ilustre” cidadão e, como ele tomou conta dos noticiários com escândalos, denúncias, as tais Precatórias, alguém lembra o mal que ele causou à nossa cidade? Foram grandes prejuízos morais e econômicos. Perdoar ou esquecer? Perdoar é passar uma borracha no passado. Mas esquecer?! Jamais.
Foi um político importante, portanto fez parte de nossa História. É um exemplo negativo que pode muito bem fazer parte de debates nas rodas educativas das escolas, como um exemplo de corrupto, para que não se repita seus atos, sua atitude como dirigente de uma grande cidade. Não devemos nos esquecer dos “monstros” governantes do passado como Nero... Hitler e os “Malufs” presentes em todas as épocas, e se procurarmos bem, vamos achá-los até antes de Cristo! Pense comigo... Se a morte absolve, a História fica sem sentido.
Falando em história, vem aí com força total e com status de “especial” a estreia do filme de Lula e já causando muita polêmica entre os políticos. Será uma cinebiografia? Ou suas memórias, ou será a “história” de Lula Filho do Brasil? Segundo pesquisadores memórias e história, não sejam o mesmo. Mas com certeza o conteúdo desse filme, cujo personagem principal é o Presidente mais popular que o Brasil já teve, é um filme socialmente construído, feito para emocionar com passagens heróicas e romanescas do nosso super-herói com um roteiro simples e comovente. Vai fazer muito sucesso, como aconteceu com o filme “Os filhos de Francisco” que contava a saga dos cantores Zezé di Camargo e Luciano e sua família.
Momentos antes da pré- estreia do filme, o presidente Lula inaugurou o Espaço Parque dos Direitos das Crianças em São Bernardo do Campo, que recebeu o nome de Eurídice Ferreira de Mello em homenagem à sua mãe. Na ocasião, falou sobre criança e adolescente no Brasil: “Foram mais de 25 anos que a economia esteve atrofiada, um período em que não se investiu na universidade, no ensino fundamental”.
A oposição “caiu matando”, os democratas e os tucanos acham que o filme é uma tremenda propaganda eleitoral e que trará benefícios ao Presidente e sua pré-candidata ao Planalto, Dilminha! O que pensa disso nosso Eleitor? Quem está certo nesta história? A oposição com suas críticas acusando o filme como estratégia eleitoral, ou o Planalto exibindo a saga do nosso charmoso Lula, o Filho do Brasil?!

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