No sábado, dia 12 de novembro, foi realizado em Tatuí, o 4º Encontro dos Policiais Rodoviários da Velha Guarda, que teve a participação de policiais aposentados de Tatuí e de várias outras cidades, além de familiares e amigos.
O encontro é realizado a cada seis meses e a intenção desse grupo é criar um clube destinado aos policiais rodoviários inativos para uma maior união e estreitamento das relações entre seus associados, proporcionar momentos de lazer, além de manter a memória histórica vivenciada por esses policiais no transcorrer de seus trabalhos rodoviários e realizar atividades de educação de trânsito e apoio às vítimas de acidentes de trânsito, entre outras atividades. O grupo busca uma sede para o clube e já está em negociações para isso.
A ideia dos encontros surgiu em 2009, em um churrasco de confraternização. A partir daí aconteceram outras reuniões e os encontros começaram a ser realizados.
O 4º Encontro teve a presença do ator e tenente coronel da Polícia Rodoviária de São Paulo, Carlos Miranda, famoso por interpretar o Inspetor Carlos, no seriado O Vigilante Rodoviário. Carlos Miranda tirou muitas fotos e deu autógrafos a seus fãs, e contou para o Jornal É Notícia, que o carinho do público ainda é muito grande, especialmente por ele ter sido policial. Carlos revelou também que trabalhou na corporação de Tatuí, um dos lugares que mais gostou, segundo ele, que atualmente mora em Águas da Prata.
Carlos Miranda
Carlos Miranda, ator do primeiro seriado produzido especialmente para a televisão em toda a América Latina, com o maior índice de audiência já registrado no Brasil, nasceu em São Paulo, em 29 de julho de 1933.
Começou sua carreira como cantor de circo e de parques de diversões aos 15 anos, logo em seguida indo trabalhar nas empresas Maristela e frequentando os grupos do Teatro Popular do SESI, onde fez curso de ator, estreando na peça O Ídolo das Meninas, de Gastão Tojeiro, levada no teatro Colombo no Largo da Concórdia em São Paulo, hoje Praça da Concórdia (o teatro já não existe mais). Trabalhou nos estúdios da Maristela no Jaçanã até o seu fechamento. De lá saíram os equipamentos para a montagem do primeiro estúdio de dublagem de filmes estrangeiros do Brasil.
O seriado Vigilante Rodoviário era patrocinado pelos produtos Nestlé e o nome da série para a TV era para ser O Patrulheiro, e o registro foi feito naquela ocasião, porém pouco antes da data de lançamento, a Toddy (achocolatados) estreou um seriado estrangeiro com o titulo Patrulheiros Toddy. Ary Fernandes (criador e diretor da série Vigilante Rodoviário), em reunião com Gilberto Valtério (diretor da Nestlé), sugeriu o embargo da concorrente pelo uso do título registrado, mas este diretor da Nestlé solicitou a Ary Fernandes que colocasse outro nome no seriado, para evitar conflitos com uma concorrente do mesmo segmento de mercado. Sendo assim Ary rebatizou sua série, com o nome que a fez tão famosa até os dias de hoje.
O seriado Patrulheiros do Oeste existiu, porém foi exibido pela TV muitos anos depois do Vigilante Rodoviário.
O primeiro episódio da série O Vigilante Rodoviário®, foi ao ar em março de 1961, na Rede Tupi Canal 4 numa quarta-feira, às 20h05. Já no primeiro mês de exibição disparou na frente dos concorrentes para se tornar o campeão de audiência com a expressiva marca de +-45%. Como na época só 30% das casas possuíam televisão, o produtor e o diretor acharam importante transformar a série em um filme de longa metragem, unindo quatro episódios e em seguida mais quatro. O lançamento foi no cine Art-Palácio em São Paulo, resultando em uma divulgação nacional e assim, um fenômeno de bilheteria.
Curiosidades a respeito da produção não faltam: como o orçamento era apertado foram convidados a fazer parte do filme atores em início de carreira como: Fulvio Stefanini, Rosamaria Murtinho, Ari Fontoura, Stenio Garcia, Juca Chaves, Ari Toledo, Toni Campelo, Milton Gonçalves, Luis Guilherme, e outros. Hoje são nomes conhecidos nacionalmente. Na época não havia televisão colorida, vídeo tape, e o equipamento era simples de cinema profissional de bitola de 35 mm. Para ser exibido em televisão era reduzido para 16 mm.
O Inspetor Carlos ficou tão conhecido que o ator Carlos Miranda foi convidado a entrar na Polícia Rodoviária de São Paulo, em 1965, onde ingressou após prestar concurso e cursar a Academia Militar. Foi para a reserva em 1990 como tenente coronel. O cão Lobo morreu em 1971 com 15 anos.
Em 1992 Carlos foi citado no Livro dos Recordes (Guinness Book) como sendo o único ator a se tornar na realidade, o personagem que havia interpretado na ficção.
O sucesso da série, lembrada até hoje pelas pessoas com mais de 45 anos, é digno de estudos na área de propaganda e marketing, bem como na de antropologia e sociologia.
As reprises da série por vários canais de TV nos últimos anos, aumentou ainda mais o número de fãs de Carlos Miranda. Hoje ele participa de encontros de colecionadores de carros antigos, além de dar palestras e de se apresentar em comemorações de festas cívicas como símbolo das Polícias.
Conheça mais sobre ele no site www.vigilantecarlosmiranda.com.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário