Os jurados do Fetesp, Lúcia Maria Glück Camargo e Moisés Miastkwosky, premiaram o espetáculo “Horácio”, da Universidade Barão de Mauá, de Ribeirão Preto, com a “Menção Pesquisa de Linguagem”. O espetáculo “O Bem Amado” ficou com os troféus de Melhor Maquiagem, Melhor Sonoplastia e Ator Revelação (Vinícius Cowan). “Sussurros”, da Escola Estadual Profª Maria Augusta de Ávila, de São Paulo, levou o prêmio de Melhor Cenografia, e “Dino – Um Sonho de Menino”, com Música Original e Resgate das Tradições Regionais, além da Atriz Revelação (Angélica Valcareza).
O espetáculo mais premiado da noite foi “A Tragédia do Dr. Fausto”, do Colégio Vicentinos, de São Paulo, que venceu em seis categorias: Melhor Espetáculo, Melhor Iluminação, Melhor Figurino, Melhor Atriz (Amanda Quinteiro), Melhor Ator (Eric Campi) e Melhor Diretor (Alexandre Ferreira). “Este é um texto difícil de ser trabalhado, que muitos artistas importantes já encenaram. Tivemos bastante ousadia ao escolhê-lo e os alunos curtiram bastante a ideia”, comentou o diretor Alexandre Ferreira.
O Fetesp deste ano esteve recheado de novidades: além do retorno das competições, o Conservatório de Tatuí abriu espaço para as universidades. As disputas foram classificadas em “Escola de Teatro” e “Teatro na Escola”. A primeira categoria não foi competitiva e recebeu espetáculos vinculados a instituições de ensino específico de teatro; a segunda inscreveu espetáculos ligados a escolas de ensino fundamental, médio, técnico ou superior (com exceção dos ligados a cursos de habilitação na área de artes cênicas).
“O festival é um espaço para encontro, avaliação e troca de experiências, proporcionando uma vivência enriquecedora muito importante para todos os participantes, sejam eles artistas, técnicos, professores ou público”, explicou Carlos Ribeiro, coordenador do Fetesp. “Essa é a nossa quinta participação e este festival é um projeto fantástico. Pena que nós não pudemos, neste ano, acompanhar todos os dias”, lamentou o diretor Ferreira.
35 anos de teatro
Este ano, o Fetesp também comemorou os 35 anos do curso de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí com dois eventos. Dentre as oficinas do Fetesp, houve um encontro com Moisés Miastkwosky, quem implantou as aulas de teatro na instituição, além da exposição de fotos no hall do Teatro Procópio Ferreira contando a história do teatro em Tatuí.
O curso de Artes Cênicas teve início em 1976, sob coordenação de Miastkwosky, contratado para iniciar um movimento cênico. O diretor, à época José Coelho de Almeida, a partir de contatos com pessoas como Armando Oliveira Lima - então presidente da Federação de Teatro de Sorocaba -, convidou Miastkwosky, na época com 23 anos, ator que acabara de chegar de uma turnê em Israel. Os cursos atraíram uma avalanche de alunos, pois eram inéditos na região. Logo no início, mais de cem pessoas integraram as aulas.
A primeira produção do setor de artes cênicas foi “Antígona”, de Sófocles, em 1976. Foram necessárias três sessões para garantir acesso de um numeroso público. Depois, a montagem seguiu em turnê pelo interior do Estado. Para garantir que todos os interessados em teatro e alunos do curso mostrassem o resultado das aulas práticas no palco, surgiu, no ano seguinte, o Festival Municipal de Teatro, também com números impressionantes. Eram quase 15 espetáculos, todos de Tatuí, vindos de escolas de ensino regular até grupos de inglês e enfermagem.
Atualmente, o Conservatório de Tatuí oferece os cursos de: teatro juvenil, teatro adulto, aperfeiçoamento, além de oficina de cenografia, figurino, iluminação, maquiagem e de teatro para educadores, de teatro de rua e direção.
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